SKY TREK - COSTA RICA
SKY TREK - COSTA RICA
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| Sky trek - Costa Rica |
Após caminhar por uma hora no interior
da floresta até a base, os guias nos vestiram com os equipamentos e nos explicaram
como posicionar os braços na cadeirinha para não serem arrancados, como frear
com as mãos sem quebrar os dedos e como encolher as pernas para brecar, sem
machucá-las.
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| Sky trek - Costa Rica |
Depois do breve treinamento, formamos
fila para assinar um documento onde nos responsabilizávamos pelas nossas vidas,
cientes de que poderíamos sofrer um acidente e morrer.
Apesar destes dizeres, sob
comando da adrenalina, todos assinamos sem contestar e partimos!
O detalhe
que fez a diferença
No último momento antes de subir, uma
menina me ofereceu uma capa grossa de borracha que aceitei sem dar importância.
Eu, marinheira de primeira viagem, só lá em cima percebi que mesmo com a capa
eu tremia de frio!
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| Sky Trek - Costa Rica |
Não
é o que parece
No começo parecia brincadeirinha de
criança: escorregávamos nos cabos de uma plataforma até a outra em ângulos
suaves, mas fui percebendo os perigos: ao passar entre árvores tão próximas, um
galho quebrado poderia me derrubar e mesmo com as luvas de couro, minhas mãos doíam
ao frear meu corpo nos cabos.
Após uma hora de sobe e desce, aliviada
e achando que o passeio já estava terminando, o guia revelou: “Estamos apenas começando... Até agora foi
só um treino”.
Então começamos a subir em plataformas
cada vez mais altas, com cabos mais inclinados e velocidade cada vez maior.
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| Plataformas cada vez mais altas |
A
distância do chão já estava absurdamente alta e agora voávamos rapidamente por
cima das cachoeiras.
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| Sky trek - Costa Rica |
Quando chegamos ao ponto mais alto da
montanha, onde o ângulo entre uma plataforma e outra ficou pequeno, percebi o medo
nos olhos do guia que não contava com o vento fortíssimo que uivava lá em cima.
Então, num procedimento de segurança,
ele nos mandou escorregar em duplas para, com mais peso, conseguir maior
impulso nos cabos.
Saltou a primeira dupla, a segunda, a
terceira e conseguiram atravessar.
Imprevisto
Enfim chegou a nossa vez, uma moça e
eu. De repente o vento resolveu piorar, nós escorregamos..., mas o impulso foi
fraco, o nosso peso não foi suficiente e nós não conseguimos chegar ao outro
lado!
Ficamos penduradas num cabo de aço estendido
por cima de um precipício sobre a floresta a uma altura de um prédio,
balançando como roupas no varal e tremendo de frio, por não sei quanto tempo.
Após essa eternidade de pânico, o guia
tomou coragem e veio nos puxar, com paciência, como um macaquinho agarrado com
as “quatro patas” ao cabo e, aos poucos, balançando contra o vento, ele
conseguiu nos resgatar...
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Quando a aventura acabou e, por fim, pisei
no solo, senti que algo tinha mudado: ao invés de cabisbaixa, eu olhava para
frente e fixava o horizonte com mais tônus.
Eu estava me sentindo mais forte e
capaz de enfrentar qualquer coisa. Minha respiração havia melhorado e os meus
pensamentos também.
Tomei um choque de vida ao
passear perto da morte!
Estava agora de cabeça erguida, olhos
no horizonte, sorriso, ombros pra trás, uma postura de fortaleza, de guerreira
que venceu a batalha.
Antes andava sem consciência, meio
curvada e de ombros caídos e minha energia mental dançava conforme a música.
Então percebi que a mudança em minha
postura corporal provocava uma mudança instantânea em minha mente!
* draconiano - desumano,
excessivamente rígido ou drástico
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